A população da Nova Zelândia é considerada a mais elevada em 43 anos, porque as pessoas procuram algum lugar considerado seguro e politicamente estável.
A pequena nação teve um influxo de 100.300 pessoas desde março passado, que é o maior aumento desde 1974.
Especialistas deram ao país o apelido de “ilha de calma em águas turbulentas”, onde as pessoas podem escapar da turbulência política causada por pessoas como Donald Trump e Brexit, relata Daily Mail.
A relativa segurança, a beleza natural, a coesão política e o isolamento da Nova Zelândia fazem dela um local popular para os imigrantes – que compõem a maioria do aumento da população.
Recorde de imigração adicionou 71.900 pessoas no ano até 31 de março, enquanto o crescimento natural da população contribuiu 28.300 para o aumento.
O número incluiu um aumento da Grã-Bretanha que pode ser parcialmente motivado por temores dos efeitos da Brexit.
Britânicos compõem 12% das chegadas, a maior proporção de um só estado.
Outros fatores são a forte economia, apoiada por baixas taxas de juros, um setor de construção em expansão e melhoria dos termos de troca.
“A Nova Zelândia é uma ilha de calma em águas turbulentas”, disse o economista Shamubeel Eaqub a Bloomberg.
“Você tem incerteza com Trump, com Brexit, a ascensão da extrema-direita na Europa, a poluição na Ásia.”
“Há diversos fatores que colocam a Nova Zelândia como um ótimo lugar para se estar”.
O crescimento econômico tem sido em média cerca de 3% a cada ano nos últimos cinco anos – uma cifra que incita os neozelandeses a não buscar melhores salários na Austrália.
No entanto, o crescente número de moradores da cidade de Auckland levou a surtos de preços de casas e estradas congestionadas com o tráfego.
Auckland, a terceira maior cidade da Nova Zelândia, com 1,5 milhão de habitantes, viu seu preço médio de casa subir acima de NZ$1 milhão (US $ 683.000).
O Fundo Monetário Internacional previu que a população da Nova Zelândia poderia alcançar 5 milhões em 2021 de 4.6 milhões em 2016.
A agência observou que o fluxo recente de imigrantes desde 2013 foi em parte impulsionado pelo mercado de trabalho da Austrália que é mais fraco em comparação às oportunidades de trabalho fortes da Nova Zelândia.
Isto foi ao mesmo tempo em que o país atraiu um forte número de estudantes internacionais.
O banco central da Nova Zelândia deixou a sua taxa básica em um mínimo recorde de 1,75% na quinta-feira e sinalizou que ficaria lá “por um período considerável”.
Num movimento amplamente antecipado, o Banco de Reserva da Nova Zelândia disse que não havia necessidade de mudar as taxas em meio à inflação modesta e ao crescimento econômico positivo.
“As perspectivas de crescimento continuam positivas, apoiadas pela política monetária acomodativa em andamento, forte crescimento populacional e altos níveis de gastos das famílias e atividade de construção”, disse o governador do banco central, Graeme Wheeler.
A taxa base manteve-se inalterada desde novembro do ano passado, quando foi cortada de 2% e os analistas não esperam qualquer movimento até meados de 2018, no mínimo.